Por Victor Pereira
A Fórmula 1 e a FIA oficializaram nesta semana o calendário para a temporada de 2026, marcando o início de uma nova era para a categoria. Com 24 corridas em cinco continentes, a programação traz mudanças importantes — como a estreia do GP de Madrid, a exclusão de Imola e o deslocamento de datas estratégicas em função do Ramadã, além da introdução de novos carros e motores.
A temporada terá início em Melbourne (Austrália), de 6 a 8 de março, uma semana antes em relação ao calendário usual — uma medida adotada para atualizar os prazos após as mudanças técnicas em andamento. A sequência segue com o GP da China (13–15 de março) e o GP do Japão em março — mantendo a proximidade geográfica e geopolítica da Ásia no início da campanha.
Em abril, serão realizadas as etapas do Barém (10–12) e Arábia Saudita (17–19), em função das restrições do Ramadã. A entrada nos Estados Unidos acontece no GP de Miami (1–3 de maio), que passa a abrir a temporada nas Américas, seguido pelo deslocamento do GP do Canadá para 22–24 de maio, agora posicionado antes de Mônaco e em novo espaço logístico — e coincidindo com o Indy 500.
O calendário europeu tem formato triplo, começando com o clássico GP de Mônaco (5–7 de junho) — data antecipada para evitar colisão com as grandes corridas americanas . Em seguida, a tradicional etapa em Barcelona (12–14 de junho) mantém seu lugar, enquanto a Escandinávia e a Áustria completam a parte central do verão europeu.
O GP da Espanha passará a ser realizado no novo circuito urbano batizado de "Madring", em Madrid, previsto para 11–13 de setembro, estreando como o último GP europeu antes das etapas na Ásia.
Após a fase europeia, a temporada se dirige à Ásia com os GPs do Azerbaijão (27 setembro) e Singapura (11 outubro). Logo em seguida, haverá um trio de provas nas Américas: Estados Unidos (Austin), México e Brasil (São Paulo), entre 25 de outubro e 8 de novembro, em um trecho que privilegia viagens eficientes . O desfecho será intenso: Las Vegas (21 novembro), Qatar (29) e Abu Dhabi (6 dezembro).
De forma resumida, o calendário segue:
08/03 – Austrália (Melbourne)
13/03 – China (Xangai)
27/03 – Japão (Suzuka)
10/04 – Bahrain (Sakhir)
17/04 – Arábia Saudita (Jeddah)
01/05 – EUA (Miami)
22/05 – Canadá (Montreal)
05/06 – Mônaco
12/06 – Espanha (Barcelona)
26/06 – Áustria (Spielberg)
03/07 – Grã‑Bretanha (Silverstone)
17/07 – Bélgica (Spa‑Francorchamps)
24/07 – Hungria (Budapeste)
21/08 – Países Baixos (Zandvoort)
04/09 – Itália (Monza)
11/09 – Espanha (Madrid – Madring)
27/09 – Azerbaijão (Baku)
11/10 – Singapura
25/10 – EUA (Austin)
01/11 – México
08/11 – Brasil (São Paulo)
21/11 – Las Vegas
29/11 – Qatar
06/12 – Abu Dhabi (Yas Marina)
Paralelamente ao anúncio, a temporada 2026 simboliza o marco mais significativo em termos de mudanças técnicas: novos chassis, motores híbridos com 50% de energia de bateria, aerodinâmica ativa e uso de combustível 100% sustentável estão entre as principais inovações.
O grid também será ampliado com a entrada da Cadillac como 11ª equipe, além do retorno da Ford com Red Bull e da estreia da Audi ao assumir a Sauber — que contará com Gabriel Bortoleto entre os pilotos confirmados.
Com esta agenda robusta e reformas profundas em regulamentação e line‑up, 2026 representa um divisor de águas para a Fórmula 1. A temporada promete ser histórica, intensa e desafiadora — do Março em Melbourne até o encerramento em dezembro em Abu Dhabi.